Remédio experimental polvilhado com ouro apresenta bons resultados em pacientes com Parkinson

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Um medicamento oral polvilhado com nanopartículas de ouro demonstrou sucesso no aumento do metabolismo energético do cérebro, um indicativo de que, no futuro, a droga talvez possa ser usada para tratar doenças neurodegenerativas como Parkinson e esclerose múltipla.

Pesquisadores dos Estados Unidos testaram a segurança e a eficácia da droga experimental, denominada CNM-Au8, em ensaios clínicos de fase II no UT Southwestern Medical Center.

“Estamos cautelosamente otimistas de que seremos capazes de prevenir ou mesmo reverter algumas deficiências neurológicas com esta estratégia”, disse o neurologista Peter Sguigna, da Universidade do Texas Southwestern, em comunicado.

O médico explicou que a função cerebral saudável depende de um fornecimento contínuo de energia às células do cérebro através de uma molécula chamada adenosina trifosfato (ATP). O problema é que o avanço da idade causa um declínio nesse metabolismo energético cerebral, evidenciado na diminuição da proporção de dinucleotídeo de nicotinamida adenina (NAD+) e de dinucleotídeo de nicotinamida adenina + hidrogênio (NADH).

Estudos demonstraram que em condições neurodegenerativas como Parkinson e esclerose múltipla este declínio na relação NAD+/NADH é muito mais rápido e mais grave. No entanto, ao interromper ou revertê-lo, isso poderia frear a evolução das doenças e até mesmo promover uma recuperação parcial dos pacientes.

Para analisar a questão mais a fundo, Sguigna e seus colegas fizeram parceria com a Clene Nanomedicine, uma empresa que desenvolve nanocristais de ouro em um agente terapêutico administrado por via oral para doenças neurodegenerativas.

Esses nanocristais atuam como catalisadores que melhoram a relação NAD+/NADH, alterando positivamente o equilíbrio energético das células cerebrais, conforme demonstrado em modelos celulares e animais em estudos anteriores.

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