Prefeito sobe em palco, xinga eleitores e diz que não quer mais que votem nele

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O prefeito de Cantagalo (RJ), Guga de Paula (PP) subiu ao palco em show ao ar livre no sábado passado, 11, e mandou os eleitores irem “à merda”. Além disso, ele pediu que não votem mais nele. O ocorrido, no distrito de Euclidelândia, que faz parte do município, foi gravado e compartilhado nas redes sociais.

O evento era uma cavalgada na cidade da Região Serrana do Rio de Janeiro, no qual cantor Pedro Garcia iria se apresentar. No vídeo, Guga de Paula alegava ser amigo do músico e ir ao local para prestigiá-lo. Após subir ao palco e pegar o microfone, ele fala:

“Não quero que vocês votem em mim nunca mais, que eu não sou candidato, vocês votem em quem vocês quiserem. Eu vou mandar tudo mundo à merda. Sabe por quê? Eu vim aqui como prefeito para respeitar o meu amigo Pedro Garcia. Me respeite. Não quero voto de ninguém. E vocês, vão todo mundo à merda. E quem não quiser votar em mim, vai todo mundo à merda”.

No vídeo, o prefeito aparece com sinais de embriaguez, apresentando voz arrastada e atropelando as palavras. Ao se dirigir a fala ao público, Guga é vaiado. Após isso, ele passa o microfone a Garcia que fala brevemente, sugere cantar uma música, mas perde o microfone para Guga de Paula novamente, que acrescenta: “Só falo para vocês… Segurança, esse cara me desacatou. Prende ele, prende ele!”

Garcia tenta falar mais uma vez, mas o político finaliza: “Eu quero agradecer aos organizadores da festa, parabéns para vocês. Parabéns, parabéns. Vocês não precisam votar mais em mim, que não quero mais voto de ninguém.

A reportagem procurou o gabinete do prefeito para manifestar o posicionamento do corrido, mas não houve retorno.

Pedido de impeachment

Essa não foi a primeira vez que Guga de Paula causou polêmica em sua vida política. Em dezembro de 2023, o prefeito de Cantagalo apareceu em uma gravação de câmera de segurança em um bar perseguindo um homem com uma arma. Ele foi preso por porte ilegal, porém foi solto após pagar fiança no valor de R$ 4.000.

Na ocasião, a Câmara de Vereadores pediu impeachment do político, porém houve apenas quatro votos favoráveis, sendo necessários oito. A solicitação foi, então, arquivada.

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