Condenado por morte de Fátima Lopes aparece como beneficiado em esquema de fraude no concurso CNU

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O psicólogo Eduardo Henrique Paredes do Amaral, condenado em 2013 pela morte da defensora pública Fátima Lopes, voltou a ser alvo de atenção pública nesta seman após ser citado em uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) sobre fraudes em concursos públicos.

De acordo com documentos do MPF, Eduardo teria sido aprovado no concurso para o cargo de Auditor Fiscal do Trabalho, por meio do Concurso Nacional Unificado, sob suspeita de ter se beneficiado de um esquema desmantelado pela Polícia Federal na Operação Última Fase, deflagrada no início de outubro.

Psicólogo Eduardo Paredes, durante julgamento em 2013. (foto: divulgação/TJPB)
A apuração aponta indícios como o uso de gabarito idêntico ao de integrantes do grupo criminoso investigado e uma transferência bancária feita por Eduardo a uma das líderes do esquema, o que levantou suspeitas de envolvimento direto na fraude. O MPF chegou a solicitar judicialmente a anulação da aprovação do candidato e sua exclusão do cargo, mas o pedido foi negado em decisão da Justiça Federal.

A Operação Última Fase revelou o uso de recursos tecnológicos sofisticados, como dispositivos eletrônicos implantados cirurgicamente e vazamento antecipado de provas, para garantir resultados em processos seletivos de alta concorrência em várias regiões do país.

Eduardo Paredes já cumpriu pena por homicídio e por outro crime de trânsito cometido após o caso envolvendo a defensora pública. Agora, volta a ser citado em um processo que investiga um dos maiores esquemas de fraude em concursos já identificados no país.

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